27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Implante de stent em via de saída ventrículo direito em paciente portadores de Tetralogia de Fallot: experiência inicial da instituição.

Introdução e/ou Fundamentos

Introdução: Descrever a experiência institucional, aspectos técnicos e resultados da colocação de stent em via de saída de ventrículo direito (VSVD) na paliação inicial de pacientes portadores de Tetralogia de Fallot.

Métodos

Métodos: Anotação retrospectiva do caso e revisão do procedimento de pacientes submetidos a implante de stent em VSVD entre os anos de 2018 a 2020. 

Pacientes: Entre os anos de 2018 e 2020, 8 pacientes foram submetidos a cateterismo cardíaco com o objetivo de implante de stent em VSVD obstruída para garantir o fluxo sanguíneo pulmonar. A idade média na implantação do stent foi de 9 (variação 9-98) dias e o peso médio foi de 2,6 (1,7–12,2) kg.

Resultados e Conclusões

Resultados: Dois lactentes e seis neonatos foram submetidos a implante de stent em VSVD.  Os stents foram implantados através punção de veia femoral com introdutores 4F ou 5F. Seguindo-se, cateterizamos a cavidade ventricular direita e realizamos ventriculografia direita nas projeções PA e OAD com a utilização de cateter angiográfico 0,014 JR. Posteriormente posicionamos fio guia junto ao ramos da artéria pulmonar através do qual procedemos com o implante de stents na VSVD, tendo-se como objetivo a cobertura de toda a extensão do infundíbulo e, sempre que possível,  evitando-se o cruzamento do anel valvar pulmonar . Na maioria dos casos o implante de stent foi precedido de dilatação da valva pulmonar com balão.O diâmetro médio do stent foi de  4,5mm  e comprimento médio de 14mm  (12–18mm). Não houveram óbitos durante o procedimento tendo sido  necessária uma cirurgia de emergência por obstrução trombótica do stent, 4 dias após o seu implante. O tempo médio de internação hospitalar foi de 21 dias (9-90). Dentro de 3 meses de seguimento, dois pacientes necessitaram de shunts sistêmico pulmonares  de urgência por obstrução  do stent, sendo que um evoluiu à óbito logo após a cirurgia. Um paciente já havia sido submetido a shunt de Blalock Taussig modificado antes do implante do stent. Dois evoluiram a óbito por causa não cardíaca. 

Conclusão: O implante de stent da VSVD é uma opção de tratamento eficaz na paliação inicial de pacientes portadores de TF de má anatomia e sua utilização terapêutica vem sendo aplicada em nossa instituição com bons resultados iniciais.

Palavras Chave

Palavras-chave: Tetralogia de Fallot, Obstrução da via de saída do ventrículo direito, Stent, Cardiopatia congênita

Área

Hemodinâmica e cardiologia intervencionista

Autores

Isadora Almeida Brandão Corrêa , Cristiane Nunes Martins , Roberto Max Lopes , Mauricio Resende Barbosa , Erica Vrandecic, Suellen Pimentel Barros