27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

ESTENOSE VALVAR AÓRTICA: RESULTADO DE VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA NOS ULTIMOS 10 ANOS

Introdução e/ou Fundamentos

A prevalência de estenose valvar aórtica no Brasil é de 0,22 a cada 1000 nascimentos vivos. Para pacientes com esta cardiopatia, há duas possibilidades de abordagem, valvoplastia com balão e valvotomia cirúrgica. A escolha do método da intervenção dependerá de alguns fatores dentre eles a experiência do serviço.

O presente estudo tem como objetivo principal avaliar os resultados da valvoplastia percutânea em pacientes com estenose valvar aórtica.

Métodos

Estudo descritivo e observacional em que foram analisados os prontuários dos pacientes atendidos no serviço de Cardiologia Pediátrica, setor de hemodinâmica, entre os anos de 2010 a 2020, com idade de 0 a 18 anos e identificado os pacientes com estenose valvar aórtica e que realizaram valvoplastia percutânea, totalizando 105 casos. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo o grupo 1 menores ou igual a 1 ano de idade e o grupo 2 acima de 1 ano de idade. Valores de P menores que 0,05 foram considerados significativos.

Resultados e Conclusões

A idade mediana da amostra foi de 14,8 (0,0 – 213,8) meses com peso médio de 18,4 ± 18,0 e mediana de 9,3 (2,0 – 72,0) kg. O sexo masculino foi predominante com 80 (76%) casos.  Quarenta (45,7%) pacientes eram menores de ano de idade.  

Quando comparadas as manometrias, observaram-se diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos.

Os gráficos a seguir demonstram a média dos gradientes pré e pós dilatação.

O gráfico 1 demonstra a média dos gradientes pré e pós dilatação, com queda do gradiente de 44 mmHg. E os gráficos dois e três demonstra a queda do gradiente quando divididos em dois grupos conforme faixa etária.

Cardiopatia associada esteve presente em 52 (49,5%) dos pacientes. A anomalia mais frequente foi a coarctação de aorta, como demonstrado na tabela.

A dilatação com balão foi e ainda é a terapia de primeira linha para estenose congênita em nosso centro, e a valvotomia aórtica cirúrgica reservada quase exclusivamente para pacientes com anomalias coexistentes que requerem cirurgia cardíaca aberta ou por dilatação malsucedida do balão. Observou-se que que o tratamento percutâneo é eficaz em resultado imediato e obtém uma redução significativa do gradiente de pico observado por meio do estudo hemodinâmico. 

Palavras Chave

Estenose da Valva Aórtica, Cateterismo Cardíaco, Angioplastia com Balão

Área

Hemodinâmica e cardiologia intervencionista

Autores

Paula De Souza Gomes, Caroline Mika Shin-Ike Watanabe, Nelson Itiro Miyague, Leo Solarewicz