27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Rejeição Mediada por Anticorpos - Uma serie de casos no Transplante Cardiaco Pediátrico.

Introdução e/ou Fundamentos

Introdução:O transplante cardíaco, na idade pediátrica, é a terapia de escolha para aqueles pacientes que se apresentam com insuficiência cardíaca refrataria e avançada, ou nos portadores de cardiopatia congênita, sem a possibilidade de melhor alternativa de tratamento.Aproximadamente 15% dos transplantes apresentam 1 episodio de rejeição no primeiro ano após o transplante.O padrão diagnostico se faz através da análise histológica e imunohistoquimica do tecido miocárdico.O processo de rejeição pode ocorrer mediado pela célula, o linfócito T – rejeição celular aguda – ou mediado por anticorpos contra as células endoteliais miocárdicas – rejeição humoral ou mediada por anticorpos. 

Relato do Caso

Caso1.Lactente,1ª11m e diagnostico de miocardiopatia dilatada. Primeiro episodio de rejeição, 8m pos tx. Após 1a ano do seu primeiro episodio de rejeição. Admitido no CTI, com sinais de ICC, perfil B e função sistólica preservada. PVC de admissão=20mmHg. Tratado inicialmente com Timoglobulina e Metilprednisolona, biopsia,14 dias após o início do quadro,revelou o diagnostico de rejeição mediada por anticorpos, grau pAMR2.Recebeu Rituxmab, e 5 sessões consecutivas de plasmaferese,na primeira semana, e na segunda semana, três sessões. Painel imunológico apresenta anticorpos doadores específicos.Boa resposta ao tratamento. Atualmente com 6 anos de vida e 4 após o transplante.Nao apresenta intolerância ao esforço físico, desenvolvimento normal, frequenta a escola e atende ao seguimento ambulatorial.Caso 2.Adolescente, retransplante 2anos postx.Dois anos e dois meses após o retransplante,disfunção biventricular.Rejeição humoral,pAMR2.Rituxb,plasmafese e reposicao Ig.Everolimus e Tacrolimus de manutencao.Otima resposta ao tratamento,sem dependência de diurético ou apresentar intolerância as atividades físicas 5m após o episodio de rejeição.Caso 3.Transplante com 2a,pos Gleen.Rejeição humoral posTx1 ano.2episodio rejeição humoral-apos 1ano6m.Dificil resolução.Rituxmab,Plasmferese,reposic.Ig e Bortezomib.Adicionado everolimus.Recuperação lenta e diuretico,atuamente sem diuretico e sem sinais de ICC.

Conclusões

Sao dois casos com fator de risco para rejeição humoral e um outro sem causa aparente, ocorridos apos o primeiro ano de transplante.A rejeição humoral está associada a PRA>10%,cardiopatia congênita,uso de homoenxertos e prova cruzada positiva

Área

Relato de caso

Instituições

INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ALEXANDRE SOUZA Cauduro, Fernanda Fernandes Padrao, Mariana Fernandes Guimaraes, Carolina Resende Mariz, Elisa Cristina Viega Martins, Renata Mattos