27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

ACURÁCIA DOS INDICADORES CLÍNICOS DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PADRÃO RESPIRATÓRIO INEFICAZ EM CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

Introdução e/ou Fundamentos

Introdução: A correta identificação dos diagnósticos de enfermagem deve ser baseada em indicadores clínicos que forneçam subsídios para a inferência diagnóstica. Os enfermeiros devem ser capazes de identificar indicadores clínicos que sejam sensíveis e específicos o suficiente para determinar um diagnóstico. Objetivo: Analisar a acurácia dos indicadores clínicos do diagnóstico de Enfermagem Padrão Respiratório Ineficaz (PRI) em crianças com cardiopatias congênitas.

Métodos

Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em uma instituição hospitalar terciária, especializada no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas do Município de Fortaleza, Ceará. Participaram do estudo 340 crianças, acometidas por cardiopatias congênitas e admitidas à unidade de internamento clínica e de terapia intensiva pré-operatório do referido hospital. Para obtenção dos dados, foram utilizados um instrumento de coleta de dados e um protocolo com definições operacionais e conceituais dos indicadores clínicos do PRI. O modelo de classe latente com efeitos randômicos ajustados foi utilizado para determinar o PRI e as medidas de sensibilidade e especificidade dos indicadores clínicos. O estudo foi aprovado sob o parecer de número 4244577. 

Resultados e Conclusões

Resultados: Com amparo em um modelo de classe latente, verificou-se que 56,89% das crianças com cardiopatias congênitas avaliadas neste estudo manifestaram o diagnóstico de Enfermagem PRI. Os indicadores clínicos mais prevalentes foram a hipóxia, dispneia e alteração na profundidade respiratória. O indicador clínico uso da musculatura acessória para respirar apresentou elevado valor de sensibilidade (0,8405) e especificidade (0,9699) e os comportamentos que apresentaram os maiores valores de especificidade (> 0,8) foram dispneia, batimento de asa de nariz, fadiga da musculatura respiratória, bradipneia, taquipneia, excursão torácica alterada, mudanças no ritmo respiratório, hipóxia e distúrbios respiratórios do sono. Conclusão: Na presença do PRI, os pacientes tinham alta probabilidade de apresentar o uso da musculatura acessória, ao passo que, na ausência do PRI, esse indicador provavelmente estaria ausente, portanto, apresentou boa capacidade preditiva para esse diagnóstico. Além disso, crianças que não apresentaram o diagnóstico PRI também tiveram maiores chances de não ter os  indicadores clínicos: dispneia, batimentos de asa de nariz , hipóxia e distúrbios respiratórios do sono.

Palavras Chave

Cardiopatia congênita, Criança e Respiração

Área

Enfermagem

Autores

Silvania Braga Ribeiro, Nayana Maria Gomes de Souza Gomes de Souza, Emanuela Aparecida Teixeira Gueiros Aparecida Teixeira Gueiros, Karleandro Pereira do Nascimento Pereira do Nascimento, Juliana de Souza Nunes de Souza Nunes, Ismenia Osório Leite Osorio Leite, Viviane Martins de Silva Martins de Silva, Giselle Viana de Andrade Viana de Andrade, Kiarelle Lourenço Penaforte Lourenço Penaforte