27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Manejo de sangramento perioperatório em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca pediátrica. Experiência inicial de protocolo Institucional .

Introdução e/ou Fundamentos

Introdução: A cirurgia cardíaca pediátrica está associada a elevado risco de sangramento perioperatório, em especial as que utilizam circulação extracorpórea (CEC) e nos pacientes com peso abaixo de dez quilogramas (Kg). As alterações da coagulação têm uma etiologia multifatorial, mas é sabido que a hemodiluição é um dos fatores que mais impactam nesta população. A utilização de terapias transfusionais guiadas minimizam a ocorrência de efeitos deletérios das transfusões e custos hospitalares. Objetivo: Avaliar a utilização de Protocolo Institucional no manejo de sangramento, em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca pediátrica. 

Métodos

Métodos: Estudo retrospectivo, no período entre março de 2021 e março de 2022, de ambos os gêneros, com idade inferior a 17 anos, submetidas a cirurgia cardíaca para correção de cardiopatias congênita e que seguiram o protocolo Institucional de manejo de sangramento, até sua etapa final. Iniciou – se terapia antifibrinolítica (logo após a indução anestésica), coletado contagem de plaquetas e fibrinogênio (no momento de maior hemodiluição) e ao término da cirurgia foram corrigidos segundo os triggers estabelecidos. Se, após esta prática houvesse manutenção do sangramento, era realizado o teste viscoelástico (Figura 1).  

As análises estatísticas foram realizadas com o programa SPSS. Valores de p menores que 0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

 

Resultados e Conclusões

Resultados: Foram avaliados 31 pacientes, com idade média de três meses e peso de 4,6 Kg, com prevalência das cardiopatias cianogênicas (síndrome da hipoplasia do coração esquerdo) e tempo de CEC médio de 203 minutos. Todos os pacientes com peso abaixo de dez quilogramas necessitaram de correção de plaquetas e fibrinogênio. Os que utilizaram priming dos circuitos de CEC menores, apresentaram menos alteração da coagulação seja nos testes convencionais quantos nos viscoelásticos.  Os pacientes que foram submetidos a terapia guiada, apresentaram menos sangramento, valores mais adequados nos testes viscoelásticos e nenhum deles necessitou de revisão de hemostasia em qualquer momento do pós operatório.Conclusão: O sangramento perioperatório impacta na morbidade e mortalidade dos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca pediátrica. Este risco pode ser reduzido por meio de planejamento com a utilização de protocolos e estratégias transfusionais. Circuitos de CEC miniaturizados são de fundamental importância, bem como a utilização de terapias transfusionais guiadas.

Palavras Chave

Área

Cirurgia cardíaca

Instituições

Instituto do Coração - São Paulo - Brasil

Autores

Maria Raquel Brigoni Massoti, José Santiago Rodriguez Vasquez, João Guilherme V Meyer, Luiz Fernando Caneo, Aida Luiza Ribeiro Turquetto, Raquel Pei Chen Chan, Thiana Yamaguti, Carlos Eduardo Santos Bernardes, Marcelo Biscegli Jatene