Dados do Trabalho
Título
Prevalência de Cardiopatia Congênita em Adolescentes com Trissomia do Cromossomo 21 (T21)
Introdução e/ou Fundamentos
Introdução: A Síndrome de Down é a anomalia genética mais comum nos seres humanos , sendo caracterizada pela trissomia do cromossomo 21 (T21). Nos últimos anos, os avanços da medicina no acompanhamento e no tratamento dos portadores de Síndrome de Down possibilitaram aumento significativo na expectativa de vida e melhora na saúde global desses pacientes, devido principalmente à prevenção das complicações cardiológicas relacionadas à T21. Objetivo: Avaliar a incidência de cardiopatia congênita em amostra de 113 adolescentes com T21 acompanhados em Centro de Referência para Síndrome de Down.
Métodos
Metodologia: Estudo prospectivo e transversal. Os pacientes com T21 foram acolhidos em Centro de Referência em Síndrome de Down e , então, encaminhados para uma primeira avaliação cardiológica independentemente de ter histórico de cardiopatia. Todos foram submetidos a avaliação clínica e imagenológica com eletrocardiograma e ecocardiograma. Os dados das variáveis foram coletados no período de 2019 a 2022. Todas as análises foram realizadas utilizando o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (IBM SPSS, IBM Corporation, Armonk, NY, EUA, 25.0). Teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificação da distribuição de normalidade das variáveis. A análise descritiva foi utilizada para apresentar os dados em “mediana e intervalo interquartil-IQR” (variáveis numéricas) ou “frequências absolutas e relativas (variáveis categóricas)”.
Resultados e Conclusões
Resultados: Observou-se que da amostra total de 113 adolescentes, 42 (37,2%) não apresentavam cardiopatia congênita ou estrutural. A comunicação interatrial foi a cardiopatia mais prevalente, tanto isolada como associada a outras cardiopatias, presente em 23 pacientes (20,4%) seguida de valvulopatias em 17 pacientes (15%). Foram considerados dentro do grupo de valvulopatias casos de prolapso de valva mitral e insuficiência aórtica valvar. Foi observado persistência do canal arterial em 13 pacientes (11,5%), comunicação interventricular em 11 (9,7%) e defeito do septo atrioventricular (DSAV) em 7 (6,2%). Conclusão: A cardiopatia congênita é comum no adolescente com Síndrome de Down, sendo mais prevalente nesta a amostra a comunicação interatrial e valvulopatias. Por se tratar de uma amostra de pacientes ambulatoriais, não há o viés da estatística de hospitais cirúrgicos, onde se observa maior prevalência de cardiopatias graves e com repercussão hemodinâmica como o DSAV.
Área
Cardiopatia congênita do adulto
Autores
ANNE GERYMAIA OLIVEIRA DE MELO SILVA, MATEUS MEDEIROS LEITE, Patrícia Aparecida Cardoso Vasconcelos