27º Congresso Brasileiro de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Perfil da com Síncope vaso-vagal em pacientes com Síndrome de Down

Introdução e/ou Fundamentos

Introdução: A síncope vaso-vagal está relacionada a um aporte inadequado de oxigênio ao sistema nervoso central. O diagnóstico é feito pela anamnese e confirmado pelo Tilt teste. Pacientes com Síndrome de Down parecem apresentar uma maior predisposição para síncope vaso-vagal e hipotensão arterial. O tratamento é orientado para o aumento da ingesta hidro-salina, além de evitar e prevenir os fatores desencadeantes. O tilt trainning tem sido comumente utilizado, apesar das dificuldades práticas no paciente com déficit intelectual Objetivo: Analisar perfil clínico de 15 pacientes com Síndrome de Down e diagnóstico de síncope vaso-vagal.

Métodos

Metodologia: Estudo observacional, descritivo, transversal e prospectivo. As variáveis foram coletadas durante consulta ambulatorial e todos pacientes foram submetidos a exame de Tilt Teste. Os critérios de inclusão foram ter síndrome de Down e tilt teste positivo. Todas as análises foram realizadas utilizando o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (IBM SPSS, IBM Corporation, Armonk, NY, EUA, 25.0). Teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para verificação da distribuição de normalidade das variáveis. 

Resultados e Conclusões

Resultados: Houve discreta prevalência do sexo feminino (53,3%), idade média 22,2 + 0,0 anos e idade média de início dos  sintomas foi de 12,9+5,4 anos. O sintomas iniciais mais prevalentes perda de consciência (60%), sensação de fraqueza em membros inferiores (60%), vertigem (46,7%), náuseas (33,3%) e cefaléia (33,3%). O índice de massa corpórea médio foi de 25,2 + 1,3 Kg/m2 Dentre as comorbidades associadas, as mais prevalentes foram a síndrome de apnéia obstrutiva do sono (66,7%), hipotireoidismo (46,7%), obesidade (40%) e presença de cardiopatia estrutural (33,3%). As alterações ecocárdiograficas observadas foram comunicação interatrial, persistência do canal arterial, valva aórtica bicúspide e prolapso da valva mitral, todos sem repercussão hemodinâmica.  A fração de ejeção de ventrículo esquerdo média foi de 63,6 + 2,7%. Todos foram orientados sobre aumento de ingesta hídrica, dieta fracionada e com regularidade e a realizar tilt trainning. Observamos adesão ao tilt trainning em 75% dos casos e seguimento até a quinta consulta pós diagnóstico em 60% dos casos. Discussão: O médico deve conhecer a apresentação clínica e as linhas gerais de tratamento desses eventos paroxísticos para identificação precoce e intervenção adequada, principalmente em pacientes com síndrome genética e comorbidades associadas.

Área

Cardiologia clínica

Instituições

SECRETARIA DA SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL - Distrito Federal - Brasil

Autores

ANNE GERYMAIA OLIVEIRA DE MELO SILVA, NEILA ANDERS AIDAR