Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA PEDIÁTRICA DURANTE O PERÍODO DE 2016 A 2021 NA REGIÃO NORTE DO BRASIL
Introdução e/ou Fundamentos
A insuficiência cardíaca (IC) refere-se ao estado patológico estabelecido a partir da incapacidade do coração em manter seu equilibrio entre bombeamento sanguíneo e necessidades do organismo. A insuficiência cardíaca, na faixa etária pediátrica, ocorre, em primeiro plano, por conta de malformações cardíacas congênitas que resultam na sobrecarga pressórica ou volumétrica, na presença ou ausência de cianose; em segundo plano por cardiopatias adquiridas por erros inatos do metabolismo, drogas, toxinas, distrofias musculares, infecções,doença de Kawasaki e cardite reumática ; e em terceiro plano a disfunção miocárdica após reparação de defeitos cardíacos.
Métodos
Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH), do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™.
Resultados e Conclusões
Entre os 2.499 casos encontrados após análise do período avaliado, encontram-se os anos de 2018 com 479 casos (19,16%), 2016 com 474 casos (18,96%) e 2017 com 453 casos notificados (18,12%), sendo os 3 anos mais incidentes do período investigado. Os estados com maior quantidade de internações por insuficiência cardíaca pediátrica foram: Pará, com 1.882 casos (75,31%), seguido por Amazonas, com 304 casos (11,69%) e Rondônia, com 96 casos (3,84%). Ademais, foi identificado que pardos, com 1.814 casos (72,58%), sexo feminino, com 1.258 casos (50,34%) e a faixa etária menor que 1 ano, com 848 casos (33,93%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Após avaliação dos casos notificados, notou-se que 192 casos (7,68%) evoluíram para óbito. A incidência de IC pediátrica está em queda desde 2018, mas o número de internações é preocupante, principalmente no Pará. A alta demanda, associada às dificuldades socioeconômicas e de acesso aos locais de referência, atrasa o diagnóstico e sobrecarrega o sistema público de saúde. Assim, os diagnósticos de doenças cardíacas congênitas ou adquiridas causadoras de IC ocorrem apenas na internação hospitalar, o que gera maior morbimortalidade e onera os tratamentos. A faixa etária de maior preocupação é a menor de um ano, pelo maior número de hospitalizações, intervenções cirúrgicas e óbitos. Assim, faz-se necessário criar mecanismos para o diagnóstico precoce da IC.
Palavras Chave
Insuficiência cardíaca; Cardiologia; Epidemiologia;
Área
Cardiologia clínica
Instituições
Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA - Pará - Brasil, Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - UNIFAMAZ - Pará - Brasil, Universidade Federal do Pará - UFPA - Pará - Brasil
Autores
Pedro Arthur Rodrigues de Oliveira, Jéssica Lorena Alves, José Wilker Gomes de Castro Júnior, THAINÁ DE BARROS COSTA FERNANDEZ , LAYSE LOIOLA SOUSA, Patrícia Vastres Vieira da Silva, João Luis de Sena Figueira